segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O que oferecer ao mundo?

A igreja deve ser “o lugar onde eu, como Davi, consigo pão e uma espada, força para o dia e armas para a batalha.” Foi o que Eugene Peterson, escritor e pastor, falou referindo-se a I Sm. 21.

Para o que tem fome espiritual, a igreja oferece alimento:

“Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm. 8: 38-39).

Para o fugitivo, a igreja oferece as armas da verdade:

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Rm. 8:28).

Pão e espadas. Comida e equipamento. A igreja existe para prover ambas as coisas. Ela consegue fazer isso? Nem sempre. Ajudar pessoas nunca é um negócio organizado, porque as pessoas que precisam de ajuda não levam uma vida organizada. Elas entram na igreja como fugitivos, pedindo abrigo para escapar de Sauls furiosos, em alguns casos, e das más escolhas em outros. Os Aimeleques da igreja (líderes, mestres, pastores e assim por diante) são forçados a optar não entre o preto e o branco, mas por tons de cinza; não entre o certo e o errado, mas por um pouco de cada.

Jesus convida a igreja a se inclinar na direção da compaixão. Um milênio depois o filho de Davi lembra a flexibilidade de Aimeleque.

“Naquela ocasião Jesus passou pelas lavouras de cereal no sábado. Seus discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las. Os fariseus, vendo aquilo, lhe disseram: ‘Olha, teus discípulos estão fazendo o que não é permitido no sábado’. Ele respondeu: ‘Vocês não leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus e, junto com os seus companheiros, comeu os pães da presença, o que não lhes era lícito fazer, mas penas aos sacerdotes. Ou vocês não leram na lei, que no sábado, os sacerdotes no templo profanam este dia, e, contudo, ficam sem culpa?’” (Mt. 12:1-5)

No final do dia no santuário, a pergunta não deve ser quantas leis foram violadas, mas, em vez disso, quantos Davis desesperados foram alimentados e equipados? Aimeleque ensina a igreja a procurar o Espírito – mais do que a letra – da lei.

Davi ensina desesperados a buscar ajuda entre o povo de Deus. Davi tropeça nessa história. Almas desesperadas sempre tropeçam.

Mas, pelo menos, ele tropeça no lugar certo – no santuário de Deus, onde Deus atende e ministra aos corações desesperados.

Em uma igreja de discípulos desesperados, no dia de domingo, após a crucificação na sexta. Pedro agacha-se na esquina e tapa os ouvidos, mas não pode calar o som de sua promessa vazia. “Estou pronto... para a morte” (Lc. 22:33)

Mas sua coragem desapareceu no fogo e no medo da meia noite. E agora ele e os outros desertores se perguntam que lugar Deus tem para eles. Jesus responde à pergunta passando pela porta.

Ele traz pão para a alma deles. “Paz seja com vocês” (Jo. 20:19). Ele traz uma espada para a batalha. “Recebam o Espírito Santo” (v. 22).

Pão e espadas. Ele dá ambas as coisas aos desesperados.

FONTE: Derrubando Golias de Max Lucado