(João 2)
Nas bodas de Caná?
Acho que foi na vida
de mulher chamada Maria, sua mãe.
Voltando um pouco na
história...
Antes de conceber,
Maria era uma jovem com convicções espirituais (Lucas 1: 46-54), vocacionais
(Lucas 1:38) e até morais (Lucas 1: 27).
Mas, Maria era
emocionalmente instável e confusa (Lucas 1:34). Pensei que esta era uma caracteristicamente, exclusivamente, das
jovens da minha geração!
Ela gerou Jesus e ao
conhecê-Lo, ao perceber a mudança que o Menino Jesus provocava e causava a sua
volta, ela tornou-se uma mulher paciente e reflexiva (Lucas 2:19)
Com o passar do tempo,
Jesus fez da sua mãe uma mulher que se conhecia melhor, ao ponto de saber expor
os seus próprios sentimentos me palavras (Lucas 2:48). Essa maturidade emocional são poucas as mulheres que possuem!
E, isto a levou a
estar pronta para cumprir o seu ministério. Ser sal e luz em algum lugar. Parece que cuidar e educar Jesus foram mais
um tratamento, uma escola de missões do que a sua missão em si.
Observe que no
capítulo 2 de João é contada a história de um casamento em que falta o vinho.
Naquela cultura, o vinho não pode faltar em um casamento, é como noiva sem
buquê, bolo sem glacê, cerimônia sem o “Sim”.
Jesus e seus
discípulos são convidados para essa festa. Mas, Maria não é convidada, ela já
estava lá. Provavelmente, ela devia ajudar na festa ou na concretização do
relacionamento. Esse deveria ser o campo missionário, o público-alvo da missão
de Maria. E não é algo distante de Jesus, pois, o versículo 12, mostra que ela
seguia Jesus, ela segue após Ele. Outro sinal importante é que ela sabia que o
vinho havia acabado antes dos convidados, ou do mestre-sala (tipo de maître).
(João 2:3). E comenta com Jesus. Só
alguém que se conhece e se resolve é capaz de possuir tamanha sensibilidade
para perceber os problemas dos outros antes dos outros! E saber onde encontrar
a solução!
A resposta de Jesus (João
2:4) evidencia que esta não é a primeira vez que ela lhe compartilha dos
problemas, e dos problemas dos outros. Há uma relação de intimidade revelada
nesta resposta. E que este deve ser o ministério dela. Mas, é Ele quem faz os milagres. É Ele quem resolve os problemas.
A atitude dela após a
resposta de Jesus (João 2:5) demonstra que ela já sabia o que fazer e o que Ele
iria fazer. Ou seja, ela já tinha prática em ajudar as pessoas. E saber o que
as pessoas deveriam fazer quando precisavam de ajuda: Obedecer ao mestre!
E quando o problema é
solucionado, quando a missão é cumprida, a glória é do Mestre, não é de Maria
(João 2:11). E ela segue após Ele (João 2:12).
Que lição fantástica a
mulher mais marcante da história me dá! Jesus é quem pode nos tratar em todos
os aspectos. E só alguém bem resolvido em todos os aspectos pode seguir o
mestre, cumprindo a missão, sendo o tempero que faz a picanha ser tão saborosa,
mesmo que ninguém note que ele fez diferença. Porque a missão do sal é realçar
o sabor é engatilhar o apetite. É ser sal da terra!
Que o Jesus que vive e
reina para sempre, trate o meu coração e o seu como tratou o coração de Maria e
a preparou para uma obra tão fantástica que nem ela mesma acreditava que seria
possível. Lucas 1:37.