sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Com tempo você aprende

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hoje, finalmente assisti ao filme Julie & Julia, graças à indicação da minha amiga Janilly.. E para variar: identifiquei-me com ele.. Sempre me identifico com comédias românticas, acho que é porque minha vida romântica é uma comédia, apesar de já ter sido um drama... No coments.
Amo cozinhar e sou nutricionista por amar cozinha diferentemente de todas as colegas de profissão que conheço.. Esse romance começou na infância, gostava de inventar lanches diferentes para os meus irmãos, depois aprendi a fazer bolos, minha mãe sempre trabalhou fora e nas tardes a imaginação culinária corria solta... Acho que com nove ou dez anos ganhei de presente da minha tia um livro com dicas culinárias que o perdi.. Criança nunca tem cuidado com livros... Pelo menos, eu nunca tive, enquanto criança! Nesse livro encontrei a dica de que se cortar o pimentão após a cebola... Ah! Isto despertou minha curiosidade científica.. amo química e biologia molecular, também. Esta paixão surgiu a pouco mais de um ano...
Bom, o filme concluiu o que Deus tem me falado desde o dia 15/12/2010 quando fui desclassificada de um concurso para professor de gastronomia básica da UFPB. Passei por um processo doloroso, pois estava a quase um ano me dedicando a esse concurso, no mês que o antecedeu me dediquei exclusivamente a ele e, passei na primeira etapa junto com mais duas pessoas para concorrer às duas vagas. Primeiro, senti tristeza com todas as faces e nuances que este sentimento possa conter, no terceiro dia resolvi levantar da cama, sair de casa e me inscrever em outro concurso para professor de gastronomia (rsrsrs.. foi a forma que encontrei de me curar do trauma, ta bom!) fui às compras (sou mulher, afinal de contas) E fui a igreja, dormi na igreja, cozinhei na igreja, também... Foi um final de semana intenso de atividades na juventude (graças a Deus por isso) e antes disso pude contar com minha família e amigos... Aconselhando-me, me fazendo rir e tendo paciência frente ao humor depressivo em que me encontrava... Glória a Deus pela vida de pessoas e amigos... Pude viver Eclesiastes 4: 10 “Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante”. E descobrir um dos propósitos pelo qual Deus, que é soberano e sob cuja autoridade se encontram todas as circunstancias, permitiu que tudo isso acontecesse: Para que eu valorizasse mais as pessoas, cada palavra, cada carinho, cada sorriso, cada piada, cada momento... Obrigada, Senhor por tudo isso...
E algo que Julie falou em uma das últimas cenas me inspiraram a escrever: “Você é o complemento ideal à alegria da minha vida”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pascal fez uma curta anotação num dos seus cadernos: "Deus de Jesus Cristo, não o Deus dos filósofos".

Esse Deus que dá prêmios aos bons e castigos aos maus é, com certeza, o Deus dos filósofos, nascido das exigências lógicas. Deus de Jesus Cristo - é certo que ele não é. Pois ele, absurdamente, faz o seu sol nascer sobre bons e maus, e a sua chuva descer sobre justos e injustos. O Pai não soma créditos. O Pai não soma débitos. Está lá dito, na parábola chamada O filho pródigo.
Por que Deus nos faz sofrer? Respondem outros que é por razões pedagógicas. O sofrimento nos torna melhores. O sofrimento nos faz evoluir. É a pedagogia da palmatória: as crianças aprendendo não pelo amor ao saber mas pela dor. É a filosofia das penitenciárias: pelo sofrimento os homens maus ficam bons. E assim poderíamos contemplar o maravilhoso espetáculo: pela porta de entrada das prisões, entrando, os criminosos de rosto duro e cruel. E muitos anos depois, após sofrimentos sem medida, pela porta de saída, saindo, os rostos angelicais dos que haviam entrado como criminosos, transformados pelo poder da dor.
Não, não é verdade que o sofrimento torna melhores as pessoas. O sofrimento freqüentemente embrutece, tira a sensibilidade, tira a esperança, torna cruéis as pessoas. Um Deus - ou força cósmica – que usasse o sofrimento para a evolução seria muito curto de inteligência - não saberia aquilo que os homens aprenderam: que a única força capaz de fazer as pessoas ficarem melhores é o amor. E que sentido haveria em falar de evolução em relação à criancinha que sofre e morre sem ter tempo de viver? E chegaríamos então à ridícula conclusão de que os que não estão sofrendo são espíritos evoluídos, que não precisam da pedagogia da tortura, enquanto os que estão sofrendo são espíritos atrasados.
E aí eu me horrorizo com um universo assim, que seja movido pela dor dos homens. Me horrorizo com um Deus - ou força cósmica - onipotente. É impossível amá-Io! Somente um demônio seria capaz de imaginar um universo movido a dor! (Prefiro imaginar que o universo seja movido pelo poder do amor e da alegria!).
Estou olhando um pôster, pendurado na minha parede, de um vitral da catedral gótica de Chartres: a Nossa Senhora Azul, com o Menino Jesus. É de grande beleza! Na minha fantasia, de repente, uma pedra vinda do vazio parte o vitral. Os cacos coloridos se espalham pelo chão. Foi-se a beleza! Foram-se o rosto da Madona e o da criança. Gritam as pessoas: "Por quê?" Respondem as explicações religiosas: "Foi Deus que jogou a pedra." Seria possível amar um Deus assim? Mas, do vazio - voz de herege - se ouve outra resposta: Não há resposta. Não há um "porque" que responda ao "por quê?" Não há razões. Ninguém lançou a pedra. Deus não lançou. Deus não queria. Ele amava o vitral. Está triste. Foi acidente. Um meteoro. Nem tudo é Deus que faz. Poderia ter caído em outro lugar. A dor é simplesmente dor, sem sentido, sem um divino fim.
E aí, olhando para os cacos do vitral espalhados pelo chão, sem sentido, vê-se um vulto, catando os cacos, um a um, e pacientemente os arranjando de novo, como um quebra-cabeça.
Num Deus assim eu gostaria de acreditar. Um Deus assim eu poderia amar. E até me juntaria a ele, ajudando-o a catar os cacos.

Rubem Alves

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

É Proibido Pensar

João Alexandre

Composição: João Alexandre
Procuro alguém pra resolver meu problema
Pois não consigo me encaixar neste esquema
São sempre variações do mesmo tema
Meras repetições
A extravagâncias vem de todos os lados
E faz chover profetas apaixonados
Morrendo em pé rompendo a fé dos cansados
Com suas canções
Estar de bem com vida é muito mais que renascer
Deus já me deu sua palavra
E é por ela que ainda guio o meu viver
Reconstruindo o que Jesus derrubou
Re-costurando o véu que a cruz já rasgou
Ressuscitando a lei pisando na graça
Negociando com Deus
No show da fé milagre é tão natural
Que até pregar com a mesma voz é normal
Nesse evangeliquês universal
Se apossando do céus
Estão distantes do trono, caçadores de deus
Ao som de um shofar
E mais um ídolo importado dita as regras
Pra nos escravizar.
É proibido pensar (5x)
Procuro alguém pra resolver meu problema
Pois não consigo me encaixar neste esquema
São sempre variações do mesmo tema
Meras repetições
Meras repetições
É proibido pensar

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sonhar...


1. SONHO: Idéias ou imagens que se apresentam ao espírito durante o sono; fantasia, aspiração; desejo ardente.
2. SONHAR: Ter sonhos, devanear; pensar insistentemente; ver em sonhos; imaginar em sonhos; prever, supor.

Mas, porque e para que sonhar?

Hoje, entre os cristãos se confunde a questão de sonhar, biblicamente falando...
Fiz uma pesquisa no “bibliaonline” e percebi que os homens e mulheres da bíblia que sonharam não sonhavam em ter casa bonita, carro do ano, marido fiel, passar no vestibular (“transculturando”, entende - rsrs). Os sonhos bíblicos se referem a questões mais profundas, as questões acima citadas podem ser até coadjuvantes em poucos casos, mas não principais. Os sonhos na bíblia são revelações de Deus mostrando quem Ele é, o que vai fazer e o que quer que façamos:
Desde que Adão e Eva pecaram Deus vem redimindo a humanidade. Deus está curando, salvando, tirando das drogas, amando... e nós com  o que estamos sonhando?
As mulheres que foram visitar o túmulo de Jesus no domingo em Mateus 28 nos dão uma boa lição!!!
Ir em busca de uma razão: as mulheres não sabiam o que encontrariam ali, será que elas “sonhavam” não encontrá-LO? Porque elas foram lá? (já parou para perceber que as mulheres são mais atenciosas e mais sonhadoras) =D
Ouvir e crer nos servos que o Senhor envia para lhe dar esperança: as mulheres viram o anjo e não fugiram, nem se fingiram de mortas como os soldados haviam feito. Elas pararam para ouvir – Ele as lembrou das palavras de Jesus, ou seja, imagino que elas estavam ou estiveram pensando nisso – Elas creram nas palavras do anjo, principalmente, porque ele as confirmara com a palavra de Jesus.
Ter atitude: As mulheres saíram depressa a obedecer às ordens que receberam. No caminho encontraram o próprio Jesus!!!
Ser uma pessoa agradecida: Elas adoraram o Rei quando O encontraram. Isto revela a gratidão no coração pelo sacrifício e vitória de Jesus. Foram as primeiras a adorá-LO após a ressurreição! Que Privilégio!
Não perca tempo (devaneando): Se elas tivessem deixado para ir mais tarde? Se tivessem deixado para obedecer ao anjo depois de ir ao mercado?
Confiar na autoridade de Deus: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” V. 18-19 – Ele entregou o cheque assinado ou o cartão de crédito com a senha...
Sonhe sonhos eternos: No vers. 20 Ele disse o que fazer e em que sonhar. Com a companhia dEle diariamente até a consumação dos séculos.
Portanto, a pergunta não é porque sonhar, mas, com o que sonhar.
Nossos sonhos nos levam ao céu? Com quantas pessoas?
Precisamos saber o que Deus está fazendo e nos juntar a Ele.

AULA DE PORTUGUÊS: VERBOS

“O prazer do Senhor não é a energia do cavalo, nem a força e a coragem do soldado valente. Ele tem grande prazer e alegria nas pessoas que o amam, respeitam e dependem do seu amor fiel para viver.” Salmos 147: 10-11

O  que agrada a Deus???

Três verbos de ação, mas, que são mudança de estado.
E trazem a memória a relação de PAI – FILHO :

AMAR
Crianças têm mais facilidade de por em prática esses verbos (conjugar). É preciso ter a essência infantil com atitudes adultas
RESPEITAR
DEPENDER

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Minha História

Essa é uma das formas como eu posso contar a minha história, a nossa história, a história da humanidade. A história de como nós saímos da escuridão para o conhecimento de Deus e para uma vida digna e uma vida que valha a pena.
No início da história de todos nós, eu acho pelo menos que, Deus é uma intuição, Deus é uma idéia, Deus é uma crença, uma crença numa realidade distante, abstrata, impessoal, e nós usamos palavras como "verdade", "luz", "poder", "força", quando não usamos palavras, como "tudo". Deus é tudo, quando Deus é tudo, ele não é nada. Só que essa crença num Deus distante, essa intuição, não nos é suficiente. Nós precisamos de mais, nós desejamos mais, nós queremos mais de Deus. Então, nós começamos a buscar, nós começamos a tentar deduzir, tentar explicar, tentar definir, tentar entender Deus, começamos a elaborar de tal maneira que Deus fique de um tamanho suficiente para caber na nossa cabeça, e não é possível, e não me admira que haja tanta gente que não consiga acreditar em Deus, porque é difícil, mesmo, compreender e tentar reduzir Deus a uma compreensão que seja crível. E aí, fica mais árido ainda, aí a gente entra em outra fase, a gente começa a ir no centro espírita, a gente procura o evangelho de Kardec, a gente, finalmente, aceita o convite daquele colega de trabalho que é da igreja dos crentes e vai na Assembléia de Deus, vai na igreja Batista, vai num musical... a gente começa a experimentar, tem gente que vai, recebe um passe no terreiro, tem outro que sobe uma escada no joelho, outro pendura uma coisa no pescoço, outro entra numa corrente numa igreja evangélica, passa debaixo da unção dos pastores, a gente vai tentando... ler Dalai Lama, ler o Paulo Coelho, faz pesquisa a respeito do budismo tibetano, faz caminhadas, peregrinações, visita a Terra Santa, vai para Santiago, vai para Fátima, tem gente que vai para a Disney, acha que vai achar Deus lá, talvez. Mas, a gente vai tentando achar Deus, mas tudo isso é inútil, tudo isso é vão, tudo isso é vazio, e o desespero dentro da gente vai crescendo, vai aumentando, a gente joga os cristais fora, joga os gnomos, esquece o curso de programação neuro-lingüística, deixa os livros de auto-ajuda na estante, a bíblia, então, que a gente não entende nada quando ler, fica fechada ou aberta em um salmo que promete proteção e a gente, supersticiosamente, convive com essa realidade espiritual, mas, o desespero só faz aumentar, até que um dia a gente desiste, a gente cai no chão de joelhos e diz: "Deus, se você existe mesmo, agora  é a hora de você se revelar a mim, se mostrar para mim". E Deus fica lá esperando, acho que Ele fica parado esperando nosso desespero aumentar, porque tem um profeta que diz assim: "que nós vamos achar Deus quando nós buscarmos a Deus de todo o nosso coração". Então, eu acho que Deus fica esperando esse "todo o nosso coração" buscar por Ele... E aí, sem que a gente saiba explicar direito, nem quando, nem como, nem porque, uma música, um texto simples que a gente ler, um versículo da bíblia, uma conversa com um amigo, alguém que ora por nós, uma lembrança, uma noite como essa... a gente é invadido de uma presença, parece que Deus, finalmente, resolveu se revelar a nós, se mostrar para nós, e essa presença nos envolve e a gente não sabe explicar direito, o que a gente sabe é que a gente nunca mais quer perder essa sensação, é uma sensação de perdão, é uma sensação de pureza, é uma sensação de certeza, é uma sensação em que o medo todo vai embora, é uma sensação de que há uma presença à minha volta que me ama, eu não sei direito o nome, nem quem é, e alguém me diz que essa presença é Deus e que a melhor maneira de me dirigir a Ele é dizendo Aba, Aba Pai, meu Pai Celestial. E aí, eu começo a invocar esse Aba, eu começo a ler a respeito dEle, eu vou a bíblia e, estranhamente, ela começa a fazer sentido para mim, eu leio sobre Jesus, e Ele começa a fazer sentido para mim, mais do que isso, parece que ele está presente comigo, e aí eu começo a andar com Ele, com o Pai dEle... e essa presença me envolve, aí eu aprendo que essa presença tem o nome de Espírito Santo, que vai me ensinando quem é o Pai, que vai me ajudando a conhecer o Filho. e eu vou crescendo... nos dias bons, nos dias ruins, nos dias maus, mas também nos dias de alegria e de celebração... eu vou crescendo. Mas, a vida insiste em tentar me convencer de que essa presença é ilusória, de que essa presença é falsa, de que tudo isso é coisa da minha cabeça, porque as circunstâncias a minha volta não mudam muito, os meus dias não ficam muito diferentes do que eram antes de eu invocar essa presença. eu continuo lutando com meu emprego, eu continuo passando por dificuldade financeira, eu continuo tendo dificuldade nos relacionamentos, eu continuo com receio de sair muito tarde do laboratório por causa do caminho esquisito..., parece que as coisas não mudaram muito. mas aí, eu insisto em invocar a presença desse Aba e eu caio de joelhos e ele me leva a presença da cruz de Jesus, essa cruz maravilhosa que me silencia. Antes eu estava em silencio porque não conseguia definir, mas, depois que eu vejo, eu fico em silencio porque eu não consigo descrever, e ali aos pés da cruz, parece que eu sou tão fraco, tão pequeno, tão nada, mas o Aba me estende a mão e me diz: "levanta, meu filho. levanta, minha filha". E quando esse Pai Celestial pega na minha mão e me levanta, eu me sinto tão forte, tão poderoso, tão inabalável, que eu digo "tudo posso naquele que me fortalece". não eu, não a minha força, não o meu poder, não a minha sabedoria, não a minha inteligencia, mas o poder do Pai celestial que atua em mim, que fala comigo, que me ama, o Deus que se mostra Jeová Shamah - sempre perto, Deus presente. Jeová Rafah - que me cura, Jeová Shalom - que é a nossa paz. Jeová Nissi que é a nossa bandeira, que vai adiante de nós, fazendo com que o nome dele que vai a nossa frente, nos permita conquistar vitórias que nunca antes imaginamos. E então, Deus faz um outro convite a nós: "agora que você me conhece, agora, que você está crescendo e cresceu, Eu quero mais de você e Eu quero mais para você, Eu quero usar  sua vida, Eu quero abençoar pessoas que estão ao seu redor do mesmo jeito que Eu abençoei e abençoo você, Eu quero você como Meu filho, mas Eu quero você como expressão de mim mesmo por onde você andar". Aí, a gente vai assumindo um compromisso sério de todo dia se ajoelhar diante da cruz e dizer ao Aba: "faz de mim um homem grande, faz de mim uma mulher digna, grande, forte, e usa minha vida, transborda o teu poder de mim, para abençoar tanta gente a minha volta".
Isto conta a história de tanta gente. Mas posso dizer de mim, conta a minha história. que eu aprendi a discernir essa presença maravilhosa do meu Pai Celestial, que aprendi a caminhar de joelhos aos pés da cruz, e que ali na cruz recebo a força, o poder, o perdão, a paz, a alegria, o contentamento, a compaixão, o amor pela justiça... para se levantar dali, dos pés da crus, e espalhar a glória de Deus todo dia, toda hora, em todo o lugar, em todo o mundo. Essa é a nossa história, a história da grande comunidade dos que confessam e proclamam JESUS. E o  meu desejo é que essa seja também a sua história.

domingo, 15 de agosto de 2010

Práticas de disciplina para profissionais na frente de trabalho

Depois que o terível tsunami aasolou vários países da Ásia no Natal de 2004, sintonizei a Rádio Pública Nacional e ouvi um budista, um muçulmano e um cristão apresentando suas perspectivas da tragédia. O budista explicou que realmente não acreditava num deus pessoal e via os desastres naturais como parte inevitável do destino, embora ele e outros budistas estivessem oferecendo ajuda às vítimas. O muçulmano tinha um diagnóstico mais direto: talvez o tsunami tenha sido um castigo, ou pelo menos um aviso, para os muçulmanso daquela região que não vinham levando sua religião a sério.
O comentarista lembrou aos ouvintes que a maioria das vítimas do desastres era composta de budistas ou muçulmanos e depois passou o microfone ao cristão, representante internacional de socorro. "Nâo tenho nenhuma boa explicação para dizer por que essas coisas acontecem e não posso pretender conjecturar o envolvimento de Deus", disse ele. "Estamos naquele território porque seguimos um homem que definiu o amor contando a história de um bom samaritano que estendeu a mão a uma pessoa que era seu oponente do ponto de vista religioso e étnico. Jesus mostrou esse mesmo amor, e acreditamos que, seguindo Jesus, estamos fazendo a vontade de Deus na terra."
alguns dias depois recebi um e-mail de um conhecido. Ajith Fernando, que estava ajudando a organizar o trabalho de socorro às vítimas no Sri Lanka. "Práticas de disciplina para profissionais na frente de trabalho" era o título da mensagem - um bom título para alguem envolvido no trabalho do Reino de Deus. Ajith lembrava que em tempos de desastres tendemos a passar dos limites do que é adequado para a saúde. em seguida, dava conselhos práticos para outros profissionais de emergência. Durma o suficiente. Não negligencie a família. Cuide de suas necessidades emocionais. Para ajudar outros, você mesmo precisa ser forte. no final, Ajith falava de práticas espirituais de disciplina: "Gente como Madre Tereza de Calcutá mostra-nos que qualquer um que queira trabalhar por um longo tempo em situações de emergência deve levar uma vida devocional sadia. Deus embutiu em nosso sistema um rítmo de vida que não devemos violar: produção e alimentação; trabalho e descanso; serviço e adoração; atividade comunitária, atividade familiar e isolamento. No entanto, numa situação como a presente, é fácil negligenciar algumas práticas de disciplina menos ativas. [...] Sempre que me sento para orar ou ler a bíblia parece haver ínúmeras solicitações urgentes pedindo minha atenção."
Moro muito longe da devastação causada pelo tsunami. Orei por Ajith e pelos outros profissionais naquela área, alguns dos quais eu conhecia, e doei dinheiro para apoiá-los. Devo admitir que me pareceu uma frágil ligação orar por gente que havia largado tudo para ajudar na recuperação daqueles países. Ajith, no entanto, seria o primeiro a dizer: "Não, a oração é essencial, eu vivo das orações. Só elas podem me dar forças para debelar o desespero e a fadiga".
Conheço um homem em Chicago que acampa em prédios abandonados pelo período de uma semana, consagrando o prédio, orando para encontrar um meio de transformá-lo de modo a servir aos sem-teto. Depois, sai a campo para arrecadar dinheiro e recrutar voluntários para recuperar os prédios. Várias centenas de sem-teto hoje tem um lugar para morar graças aos esforços desse homem.
Conheço um casal em New Jersey que viu anúncios na rua e nos jornais alertando a vizinhança sobre um agressor sexual que acabara de ser solto da cadeia e fora morar naquela área. O casal começou a orar pelo homem que aparecia nos cartazes e às vezes cruzava com eles na rua. Os vizinhos mantinham distância da casa dele, às vezes grafitavam-lhe o muro e advertiam os filhos contra seu ocupante. Depois de orar, o casal foi visitá-lo e abriram sua casa para um café da manhã servido a ex-agressores sexuais como ele. Há vinte e um anos eles oferecem esse café. Os homens mais desprezados da região têm um lugar aonde ir, onde se sentem bem-vindos e são tratados como seres humanos.
Que aconteceria se seguíssemos literalmente o mandamento de Jesus de amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem? Como seria afetada a reputação dos Cristãos brasileiros se fôssemos conhecidos não por transitar no Palácio do Planalto, mas por nosso acesso ao céu em benefício daqueles que discordam de nós intensamente, até mesmo de forma violenta?
Numa cena registrada em Apocalipse, o apóstolo João prevê uma ligação direta entre o mundo visível e o invisível. No momento culminante da história, o céu fica em silêncio. Sete anjos de pé, com sete trombetas, aguardam pelo espaço de meia hora. Reina o silêncio, como se todo o céu prestasse a máxima atenção. Depois um anjo recolhe as orações do povo de Deus aqui na terra - o acúmulo de todas as orações cujo conteúdo revela afronta, lamento, abandono, desespero, petição - mistura-as com incenso e as apresenta diante do trono de Deus. o silêncio finalmente se rompe quando as fragrantes orações são atiradas sobre a terra, porque então "houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto".
"A mensagem é clara", comenta Walter Wink a respeito dessa cena. "A história pertence aos intercessores, que com sua crença moldam o futuro." Os que oram são agentes essenciais na vitória final sobre o mal, o sofrimento e a morte.

Extraído do Livro: ORAÇÃO: ela faz alguma diferença? de Philip Yancey. Ed. Vida. 

sábado, 19 de junho de 2010

Escalar Árvores ou Sentar nos Ramos

Recebi por e-mail de Carol... Vale a pena lê-lo....


de Max Lucado

José estava sentado firmemente no seu galho na árvore. Este era grosso, confiável e perfeito para servir de assento. Era tão forte que não tremia com as tempestades, nem se agitava quando os ventos sopravam. Aquele ramo era previsível e sólido e José não tinha intenção de deixá-lo.
Isso até que lhe ordenaram que subisse num outro ramo.
Sentado a salvo em seu ramo, ele olhou para aquele que Deus queria que subisse. Jamais vira outro tão fino! "Esse não é lugar para um homem ir!" disse consigo mesmo. "Não há lugar para sentar. Não há proteção das intempéries. E como seria possível dormir pendurado nesse galhinho vacilante?" Ele recuou um pouco, apoiou-se no tronco e pensou na situação.
O bom senso lhe dizia que não subisse no galho. "Concebido pelo Espírito Santo? Pense bem!"
A autodefesa lhe dizia para não fazer isso. "Quem vai acreditar em .mim? O que nossas famílias vão pensar?"
A conveniência o aconselhava a não fazê-lo. "Bem quando eu esperava estabelecer-me e criar uma família."
O orgulho lhe recomendava o mesmo. "Se ela pensa que vou acreditar numa história dessas..."
Mas Deus lhe dissera para fazer isso, sendo essa a sua preocupação.
A idéia o aborrecia porque estava feliz na situação presente. A vida perto do tronco era boa. O seu ramo era suficientemente grande para permitir que ficasse confortável. Ele estava próximo a inúmeros outros sentadores em galhos fizera algumas contribuições válidas para a comunidade de árvores. Afinal de contas, não visitava regularmente os doentes no Centro Médico do Ramo Norte? Não era ele também o melhor tenor no Coral do Arvoredo? E o que dizer da aula que dava sobre herança religiosa, com o título apropriado de "Nossa Arvore Genealógica"? Deus certamente não ia querer que deixasse tudo isso. Ele tinha... bem, poderia ter dito que tinha raízes no lugar.
Além disso ele conhecia o tipo de sujeito que se atira a uma aventura sozinho. Radical. Extremista. Liberal. Sempre se excedendo. Sempre agitando as folhas. Sujeitos com a cabeça cheia de idéias estranhas, procurando frutas estranhas. Os que são estáveis são aqueles que sabem como ficar perto de casa e deixar as coisas correrem.
Acho que alguns de vocês compreendem José. Sabem como ele se sente, não é? Já estiveram ali. Você sorri porque já foi também chamado para arriscar-se e subir em outro galho. Conhece o desequilíbrio gerado quando tenta manter um pé na sua própria vontade e outro na dele. Você também enfiou as unhas na casca da árvore para segurar-se melhor. Você conhece muito bem as borboletas que voam na boca de seu estômago quando percebe que há mudanças no ar.
Talvez mudanças estejam justamente no ar agora. Talvez você esteja em meio a uma decisão. É difícil, não é mesmo? Você gosta do seu ramo. Acostumou-se com ele e ele com você. Da mesma forma que José, você aprendeu a sentar. Você ouve então o chamado. "Preciso que suba em outro ramo e
... tome uma posição. Algumas das igrejas locais estão organizando uma campanha anti-pornografia. Elas precisam de voluntários”.
… mude. Pegue sua família e se mude para o exterior, tenho um trabalho especial para você"
… perdoe. Não importa quem feriu quem primeiro. O que importa é que você construa a ponte."
... evangelize. Aquela família da mesma rua? Eles não conhecem ninguém na cidade. Vá falar com eles."
… sacrifique. O orfanato tem uma hipoteca que vai vencer este mês. Eles não podem pagá-la. Lembra-se do abono que recebeu na semana passada?"
Qualquer que seja a natureza do chamado, as conseqüências são as mesmas: guerra civil. Embora seu coração possa dizer sim, seus pés dizem não. As desculpas surgem como folhas douradas quando sopra um vento de outono. "Essa não é a minha área." "É hora de outro tomar a responsabilidade." "Não agora. Faço isso amanhã"
Mas eventualmente você acaba contemplando uma árvore nua e uma escolha difícil: A vontade dele ou a sua?
José escolheu a dele. Afinal de contas, era realmente a única opção. José sabia que a única coisa pior do que uma aventura no desconhecido era a idéia de negar seu Mestre. Resoluto então, ele agarrou o ramo menor. Com os lábios apertados e um olhar decidido, colocou uma mão na frente da outra até que ficou balançando no ar com apenas a sua fé em Deus como uma rede protetora.
Conforme o desenrolar dos acontecimentos, os temores de José foram justificados. A vida não se mostrou mais tão confortável quanto antes. O galho que agarrou era de fato bem fino: o Messias deveria nascer de Maria e ser criado em sua casa. Ele tomou banhos frios durante nove meses para que o nenê pudesse nascer de uma virgem. Ele teve de empurrar as ovelhas e limpar o chão sujo para que sua mulher tivesse um lugar para dar à luz. Ele se tornou um fugitivo da lei. Passou dois anos tentando aprender egípcio. Houve ocasiões em que esse ramo deve ter balançado furiosamente ao sabor do vento. Mas José apenas fechou os olhos e continuou firme.
Você pode estar, no entanto, certo de uma coisa. Ele jamais se arrependeu. A recompensa de sua coragem foi doce. Um só olhar para a face celestial daquela criança e ele teria feito tudo de novo num momento.
Você já foi chamado a aventurar-se por Deus? Fique certo de que não vai ser fácil. Subir em galhos nunca foi fácil. Pergunte a José. Ou, melhor ainda, pergunte a Jesus.
Ele sabe melhor do que ninguém quanto custa ser pendurado num madeiro. 

terça-feira, 11 de maio de 2010

As três árvores

Era uma vez, no meio da floresta,
três árvores, que conversavam:
- Quando eu crescer – dizia a primeira –
quero ser transformada no berço
de um príncipe,
de um herdeiro real.

A segunda arvorezinha,
pequena aventureira,
falou:
- Eu quero ser um barco, grande e forte,
desses que singram os mares do norte,
levando tesouros e riquezas.

- E tu – perguntaram à menor delas –
nada vais ser?
- Oh! estou feliz de ser o que sou!
Quero ser sempre árvore,
no alto da montanha,
apontando para o meu Criador...

O tempo passou.
Vieram os homens,
e levaram a primeira arvorezinha.
Mas não fizeram dela
nenhum berço trabalhado.
Pelo contrário, mãos rudes a cortaram
transformando-a numa manjedoura,
onde os animais vinham comer.

E, ao ver-se ali,
no fundo da estrebaria,
a pobre árvore gemia:
- Ai de mim! tantos sonhos transformados
num simples tabuleiro de capim!
Mas, lá do Alto, uma voz chegou:
- Espera e verás
o que tenho preparado para ti.

E foi assim que,
numa bela noite de verão,
na estrebaria, uma luz brilhou,
quando alguém, se curvando sobre a manjedoura,
nela colocou um neném envolto
em faixas e paninhos.
Oh! era tão jovem a mãe,
tão lindo o pequenino,
que, se lágrimas tivesse,
teria chorado de emoção!

Principalmente, quando ouviu os anjos
e compreendeu:
- Que lindo destino o meu!
Em mim dorme mais que um príncipe,
mais que um rei – o meu Deus!

O tempo passou, passou...
Da segunda árvore a vez chegou.
Levaram-na para os lados do mar.
Mas, oh! decepção!
Nada de grande navio, nem mesmo um barco
de recreio.
Simplesmente,
humilhantemente,
um barco de pescar.

- Ai de mim!
Que foi feito dos grandes sonhos meus?
Viagens, tesouros,
alto-mar?

- Espera e verás o que tenho para ti –
a árvore pareceu ouvir,
enquanto na praia alguém acenava,
pedindo para ser transportado.
Que olhar sublime!
Que poder na voz, ao ordenar:
- Pedro, lança outra vez a tua rede ao mar!
A pesca maravilhosa aconteceu,
e o barquinho estremeceu:
Que maior tesouro poderia transportar
que o Soberano do céu,
o Senhor de toda a terra,
o próprio Dono do mar?

Mas, eis que chega a vez
da última arvorezinha,
aquela que desejara apenas
ser árvore apontando para Deus.

Havia um prenúncio de tragédia,
já na face daqueles que a foram procurar.
Eram homens taciturnos, revoltados,
que a desbarataram apressadamente,
como se o trabalho lhes causasse horror.
Levaram-na para a cidade,
cortaram-na em duas partes,
que negros pregos uniram,
dando a forma de uma cruz.

- Deus do céu! Que aconteceu comigo?
Eu, que desejei apenas ser
um marco amigo,
apontando o teu céu de luz?
Por que me transformaram nesta cruz?

Mas o consolo chegou também ali:
- Espera e verás
o que tenho preparado para ti.
Vieram os soldados,
levantaram a cruz,
e a puseram sobre os ombros
de um homem coroado.
Só que a coroa que ele trazia,
não era de ouro nem de pedrarias:
era de espinhos!
Uma horrível coroa,
que fazia cair
pelos caminhos
o sangue daquele estranho
condenado,
que não blasfemava,
não fugia,
cuja face macerada refulgia,
mesmo sob o sangue e o suor!

Mas havia uma dor maior naquela face,
mais profunda que a dos espinhos,
da carne rasgada pelos açoites,
do peso que fazia tropeçar.
Dor maior, jamais contemplada,
atravessou a cidade,
subiu o monte Calvário,
foi levantada na cruz.

Dor antiga, antes do início do mundo,
erro de todos os homens,
miséria de toda a terra,
ausência do próprio Deus.
Uma dor só entendida quando
o sublime condenado,
erguendo os olhos ao céu
e, como quem rasga a alma,
num grande brado, indagou:
- “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”
E a resposta chegou,
na terra, que escureceu,
nos mortos, que ressurgiram,
no véu do templo rasgado,
na exclamação do soldado:
“...este era o Filho de Deus!”

Naquele instante de treva,
do silêncio mais profundo,
para a árvore fez-se luz.
Ali estava seu sonho
para sempre eternizado:
para perdão dos pecados,
a partir daquele instante,
os homens se voltariam,
como único recurso,
sempre, sempre, para a cruz.
E assim entrou para a história,
com a sorte bela,
inglória,
que dupla missão encerra:
aos homens aponta o céu,
a Deus lembra a dor da terra...

Assim eu, também, Senhor,
gostaria de saber:
Por que foi que vim aqui?
Para dócil obedecer o que traçaste pra mim?
Mas, seja qual for meu destino –
berço, barco, triste cruz –
dá-me a graça, Jesus,
de em tudo compreender
que o importante é teu Plano,
a mim cumpre obedecer.
Seja berço do Menino,
todo hosana, graça e luz;
barco para teus milagres,
seja a vergonha da cruz,
o que importa é teu reino,
a tua glória, Jesus!

Myrtes Mathias
Do livro Encontro Marcado (Editora JUERP, 1981).


sábado, 13 de março de 2010

Recarregando



Gostaria de resumi, aqui, alguns dos momentos, palavras e situações com as quais Deus me abençoou, Recarregou e apesar de ser quem sou me chamou de novo para recomeçar aquela Nova História... de ser Livre para escolher dizer não ao pecado, não às convenções e convicções do mundo e mergulhar fundo no oceano do Espírito confirmando que faço parte dessa Geração da Revolução.

Bom, o Senhor bateu forte em algumas teclas e digitou as seguintes palavras: FIDELIDADE, SANTIFICAÇÃO, PERSEVERANÇA no fundo da minha alma.

Domingo Lucas 7:36-50 me mostrou que John Heywood (nem conheço ele... rsrs) tinha razão quando disse que “Um começo difícil produz um bom final”. E uma menina má sem dizer uma só palavra conquistou o coração do Mestre. No texto havia três perfis de pessoas:

1. Simão: Às vezes me identifico com ele. Ele ofereceu um jantar para Jesus, pertencia à classe dos religiosos mais rigorosos, ele era “politicamente correto”. Queria parecer ser íntimo do Mestre...

2. Os que estavam à mesa: só calados, recebendo, provando a comida, só de banco recebendo maná, e só aparecem para criticar, colocar defeitos..., demonstrar a frustração por Jesus não ter agido como eles queriam ou esperavam.

3. A mulher “pecadora”: A vida sem pecado de Jesus a atraiu. E ela se abriu para o Mestre sem se importar com o que pensariam dela. Ela foi ousada, irreverente, sem vergonha, mas, profundamente sábia... e Jesus a perdoou.

Eu sou a pecadora, mas, às vezes me esqueço disto e me envolvo no ativismo perdendo o momento de parar e adorar o Mestre, ou só fico pensando em receber, ficar quieta e curtir a programação e quando percebo que as coisas não alcançam minhas expectativas, critico ou tento boicotar a coisa... Senhor, que não esqueçamos quem somos e o que o Senhor fez por nós. Ajuda-nos a está sempre com os olhos fitos em Ti. A te oferecer o que temos de mais precioso sem esperar nada em troca, mas, como prova do nosso amor, gratidão e admiração por Ti.

Domingo à noite em Oséias 4 Deus mostra que algumas atitudes que tomamos podem destruir vidas. As catástrofes são conseqüências das decisões erradas que tomamos. Devemos construir uma vida pautada no caráter de Deus. Organizar nossas vidas implica em se deixar moldar pelas características de Cristo. As qualidades fundamentais que devemos buscar são:

1. Fidelidade: esta é a primeira característica para se obter caráter.

2. Organizar a vida a partir do conhecimento sobre Deus. Buscar ter intimidade com Deus. Ter momentos diários com o Senhor.

3. Viver um cristianismo autêntico com atitudes que evidenciam a vida de Cristo em mim. Cuidado com o adultério espiritual, um cristianismo falso de fantasias.

4. “Precisamos de uma relação com Deus que não nos desencarne da vida, mas, que nos mantenha com os pés no chão da vida”

Afinal, o que queremos com Deus?

Segunda-feira, ah! Foi maravilhoso! Ao acordar Deus me lembrou em Daniel 5:5 a 6:16 um pedido que eu havia feito há um tempo: quero ter o espírito excelente como Daniel, mas será que tenho me comportado como Daniel?

Fiel a Deus. Poderia ser contra a lei, gerar inimizades, lhe causar prejuízo, mas ele não abria mão da fidelidade ao Senhor.

Eu sei que não sou fiel. E sei que Deus se agrada dos fieis... Mas o bom é que Deus pode me transformar, pode trazer a existência... Escolhe o que não é e molda, transforma. Deus é surpreendentemente maravilhoso! E eu desejo ser transformada, eu quero me tornar fiel como Daniel foi ao meu Deus.

Logo mais, entendi um pouco mais de o que é adorar a Deus, que o amém significa que: se eu fosse orar diria as mesmas coisas, e que esta é a única palavra que é escrita da mesma forma no mundo todo. Nunca mais vou dizer amém se eu não concordar com a oração do irmão... rsrsrs... Adoração é finalidade da criação. Colossenses 3 e Efésios 5 mencionam música na adoração, mas a descrição do mártir Justino (não é o meu pai, gente) sobre a adoração dos cristãos primitivos não mencionam músicas, mencionam oração, leitura bíblica, exortação e partir do pão e vinho. Mas, o que a bíblia ensina sobre adoração? Em todo o antigo testamento o que importava era Dt. 6:5 – um coração que amava a Deus de todo a força, alma e entendimento. Hb 12:18 nos ajuda a entender isto, pois, quando Deus firmou a nova aliança com o povo no deserto, os vers. 18-21 isso era para marcar uma característica fundamental de Deus: Ele é Santo! É como um fio de alta voltagem se tocar morre fulminado. Dt. 6: 4-9 quer dizer em outras palavras: cuidado para sua família também não esquecer isso. Os vers. 10-14 mostram os perigos: esquecimento, parar de temer ao Senhor. É preciso temer ao Senhor! Não tememos a Deus tanto quanto tememos a um fio de alta voltagem. Gente, essas são palavras do Irmão Russel Shedd. Um exemplo de o que é adoração é os salmos 29: os vers. 1 e 2 Atribuem glória ao Senhor e uma glória influenciada pelo medo. Mas, é um medo que está assim: se pegarmos um fio e de um lado colocarmos amor e do outro medo, isto produzirá respeito profundo ao Senhor. Nós utilizamos o termo familiar “Pai” que é íntimo, mas ao mesmo tempo de profundo respeito. II Co. 7:21 mostra que a intimidade é aperfeiçoada com medo.

Palavras de adoração na bíblia: não se são assim que se escreve, mas foram pronunciadas assim, provavelmente estão escritas de forma errada... rsrsrsrsrs... eu não sou uma seminarista e missionária e cientista. rsrsrs

1ª Prosconeell à significa ajoelhar-se para frente, encontram-se 60 vezes ao longo da bíblia e nove estão em João 4, Como Jesus valorizou a Samaritana!

2ª Latrêia à encontra-se 28 vezes na bíblia, é de onde se origina a palavra idolatria, é a maneira como se portar diante de uma imagem. Romanos 12:1 refere-se a “latrêia racional”, a idéia é que quando você se apresenta como sacrifício a Deus, você passa a ser escravo do Senhor.

3ª Leitugórs à liturgia. Romanos 15:16 refere-se a ministro, significa alguém que trabalha em prol de um povo, que ajuda as pessoas, isto é adorar ao Senhor, encontra-se 15 vezes na bíblia.

4ª Seboh à = adorar. Romanos 25. Tiago 1: 26-27 referem-se a agir de uma forma religiosa, cuidar de órfãos, viúvas, etc.

A principal é dobrar-se para frente, se humilhar diante de Deus.

Mas... Como se deve adorar? Quais os componentes com que se deve medir a qualidade da adoração? Em Mc. 7:6 Jesus diz que esse povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Tg 4:6-7 diz: Aproxima-te de Deus e Ele se aproximará de você. Como se aproximar de Deus? Com amor e respeito profundo por Ele.

A partir de Jesus a essência da adoração é participar corpo de Cristo. E como participar do corpo de Cristo? Obedecendo a cabeça – JESUS CRISTO – e reconhecimento da presença de Deus com profunda alegria e gratidão, como explica o salmos 84:1-2.

Portanto os passos para adoração são:

1. Aproximação de Deus

2. Passar pela aprovação de Deus – Sl. 139: 23-24 – “torna o meu caminho seguro de acordo com os teus desejos”, Isaías 6:5 mostra que primeiro passamos pelo raios-X de Deus e depois vem a aprovação de Deus, que é o perdão. Em Lucas 5:8 Pedro reconhece sua condição. Na adoração deve haver confissão, o salmo 51:7, I João 1: 9. Se não há o pecado se torna natural e a igreja morre, pois falta o quebrantamento. Sl. 51:17 diz que Deus espera, quando fala conosco em nossa igreja, encontrar espírito quebrantado, a este o Senhor não rejeita.

3. Perdão e lavagem. Faz parte da confissão de pecados. João 13:4 diz que agora que estais limpos... João não menciona a ceia, só este episódio, para vermos o quanto isto é importante!

4. Ensino e exortação. Em culto ao Senhor não pode faltar! Em Atos 2:42 diz que eles se dedicavam ao ensino, em outras palavras, podemos entender que os irmãos diziam: ensinem mais, nós queremos aprender!. Adoração envolve conhecimento. J. Edward, um filósofo cristão muito importante, disse: Não há nenhuma vantagem na ignorância.

5. Koinonya. Simplesmente não é sentir alegria por está no meio do povo que pensa como eu penso, é participação em comum, é dar e receber, em outras palavras é falar o que o Senhor fez na sua vida, por isso os pequenos grupos é onde se tem mais facilidade em dar e receber.

E a música? Onde fica a música na adoração? Cl. 3:16 não especifica que tipo de música era usada, não sabemos se era samba, jazz, pop, hip-hop, bossa nova, MPB, etc. e tais... Filipenses 2 era um cântico. Agostinho, bispo de hipona tinha receio de música, pelo mesmo motivo que devemos ter: a música nos faz perder a atenção com as palavras, o corpo balança e a cabeça fica inerte. “Cuidado, cuidado, cuidado” música é muito sutil e quase sempre se transforma em um grande show. Adorar a Deus é se chegar ao Criador do universo e lhe dedicar um coração profundamente agradecido. O principal de tudo é não permitir que o externo (levantar de mãos, abrir a boca, instrumentos...) deixe seu coração se afastar de Deus e a coisa se torne um ritual.

O convite da ceia é para toda pessoa que O adora em espírito e em verdade.

As músicas que se cantam nas igrejas, quase todas, se referem a mim. Isto é errado deve se referir a nós, afinal, Cristo morreu por nós, pela igreja, é a igreja que irá casar com o Senhor, não pessoas individuais. “Compositores, por favor, escrevam músicas para a igreja! ”vocês não eram povo e agora são...”

Qual a diferença entre louvor, adoração e culto? Adoração é invisível, louvor e culto são visíveis.

O novo testamento não dá nenhuma forma aos cultos. Tem várias formas de liturgias, nenhuma forma é certa ou errada se a dança ajuda a adorar, ponha, se atrapalha, tire-a.

Ufa!!! Foi demais, não foi!!! Mudei de conceitos nessa manhã e forma de adorar.

À noite, ouvi que “Se alguém lhe disse que a vida com Deus seria fácil... Não é verdade. Os planos nossos podem ser frustrados, mas os de Deus não. Mas uma vez o testemunho de José do Egito marcou nosso retiro, um jovem que aprendeu a lidar com as dificuldades e frustrações da vida, mas, que não perdeu por esperar, por não guardar mágoas, por ser fiel a Deus, por fugir das tentações e por confiar em Deus.

Terça-feira. Ah! Pensei que Deus não tinha mais nada a falar... rsrsrsrs.. Eu e minha cabeça de vento. Logo de manhã na devocional Marcos 1: 35-39 Vi o exemplo de Jesus em ir orar. Mas, o que mais chamou atenção foi a atitude de Simão:

1. Ele procurava Jesus. Mas, de uma forma diferente. Ele procurava diligentemente. Quer dizer que não se distraía, nem parava para descansar, nenhuma outra coisa ou pessoa, ou situação, ou circunstancia o fazia distrair. Independente do que acontecesse ou pudesse aparecer, ele continuava a procurar.

2. Ele levava outras pessoas com ele. Aí não diz se são outros discípulos, ou parentes, ou colegas de trabalho, ou irmãos da igreja, etc. Ele influenciava pessoas a buscarem Jesus. Que legal! Que tipo de influencia eu estou sendo para os que estão a minha volta?

3. Ao encontra-LO pensou ainda em outras pessoas. Ele não pediu nada para ele, não disse por que o procurava, pensou primeiro nos outros. Como está meu nível de generosidade e abnegação? Quantas vezes eu nego a mim mesmo em benefício do outro?

4. Jesus lhes revelou Sua vontade! Eu quero saber a vontade de Deus, eu quero ouvir Deus também. Então eu preciso: procurar diligentemente e ser parecida com Ele – Amar o próximo.

Logo mais, percebi o quanto sou responsável pelas iniqüidades e desigualdades sociais no meu país. E, o que é preciso fazer, diante do caos que se encontra a sociedade e o meio público?

Preciso “resgatar a consciência profética” – Aquela inconformação dos cristãos com a situação do mundo (Rm 12:1) Preciso ser um Elias na minha geração, Profetas que incomodam e perturbam o governo por declarar o que há de errado. Além disso, entendi o que é “cobeligerância cristã” (citado pela primeira vez por Franks Shape), é concordar com determinados pontos de grupos políticos sem no entanto se aliar com esses grupos.

“Chegou a hora de sermos conhecidos pelo que somos a favor e não pelo que somos contra.”

À noite, foi um resumo, digamos que um fechamento de tudo o que vi e ouvi durante esses dias. O tema da mensagem foi: Santidade: a força que vem de Deus. Santidade exige fidelidade e perseverança. Em Ex. 33:7, vemos que houve um momento em que Deus foi morar no meio do povo para que tivessem uma experiência com Ele. Quais os elementos que atacam a santificação? Malícia, inveja, falsidade. (Ex. 15:11)

Is. 59 mostra qual o único meio de nos aproximarmos de Deus, pela sua graça, misericórdia e amor. Deus gosta de quem se quebranta, se humilha. E a felicidade é e está em amar a Jesus de todo o coração. Ex. 29:46

Josué 3:5 mostra que a santidade desbloqueia as bênçãos de Deus em nossas vidas

“Nenhuma alegria na terra se compara com a felicidade de ser todo tomado pelo Espírito de Deus” “Esta é terra de aflição, nesta terra teremos momentos de felicidade, então cace eles com Jesus.”

Ex. 15:26 e I Co 12 dizem que o que atrapalha a santificação é a auto-justificação. I Jo 1:8 e Rm 3:10em outras palavras dizem que “é melhor está de joelho no chão do que de queixo para cima”, são palavras do Irmão Ianco Cordeiro. o que também atrapalha a santificação é a desatenção as ordens do Espírito Santo. I Jo 5:7

Que sejamos perseverantes Ap. 3:21