quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Uma noite “extra”-ordinária


E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!
Lucas 2: 13, 14


Há uma palavra que descreve a noite em que Ele veio – COMUM.
O céu estava comum. De vez em quando, uma rajada de vento agitava as folhas e esfriava o ar. As estrelas eram diamantes cintilando no veludo negro.
As ovelhas eram comuns. Algumas gordas. Outras magras. Animais comuns. Não faziam história. Não ganhavam prêmios.
E os pastores. Eram camponeses. Provavelmente usando as únicas roupas que tinham. Com cheiro de ovelhas e parecendo ter tanta lã quanto elas.
Uma noite comum com ovelhas comuns e pastores comuns. E, não fosse um Deus que adora colocar “extra” antes do ordinário, a noite teria passado despercebida. As ovelhas teriam sido esquecidas, e os pastores teriam passado o tempo dormindo.
Mas Deus dança em meio ao comum. E, naquela noite, Ele dançou uma valsa.
O céu escuro brilhou de esplendor. As arvores que tinham estado nas sombras vieram para o claro. As ovelhas que estavam em silencio se tornaram um coral de curiosidade. Em um minuto, o pastor dormia profundamente; no minuto seguinte, esfregava seus olhos e se deparava com um ser alienígena.
A noite já não era mais comum.
O anúncio veio primeiro para os pastores. Se o anjo tivesse aparecido aos teólogos, eles teriam primeiro consultado seus apontamentos. Tivesse procurado pessoas da elite, elas teriam olhado para os lados para ver se alguém estava observando.
Por isso, o anjo apareceu aos pastores. Homens que não sabiam o suficiente para dizer a Deus que anjos não cantam para ovelhas e que messias não surgem enrolados em trapos e dormindo em uma gamela.

(Aplauso do céu)

Extraído do livro 3:16 de Max Lucado