quarta-feira, 3 de abril de 2013

O hábito de julgar pelas aparências

A mulher X Judas (Mateus 26: 6-25)

Como temos o hábito de julgar pela aparência, não é?!

Em meio a duas refeições importantes, Jesus me deu uma lição surpreendente sobre preconceito. Durante um jantar na casa de Simão, uma penetra, de fama não tão boa (estou usando o eufemismo ao máximo) e, não fosse suficiente, ainda por cima veio amostrar-se esbanjando bens, conforto, “prazeres desnecessários”. Muito bem colocada, a crítica de Judas: “Este perfume poderia ser vendido e o dinheiro utilizado para amenizar o sofrimento de pobres”. Isto, sim, agradaria ao Senhor!!!

Pasmem!! Jesus condenou esta conclusão!!! “Os pobre sempre terão convosco. Ela acabou de fazer uma ação que será lembrada onde este evangelho for pregado!” Em outras palavras: “Eu adorei sua atitude, minha querida!” Adoro Jesus!!! Ele não é nenhum pouco legalista. E enxerga além das atitudes, aparências e intenções. O único herói, com visão além do alcance!

Logo em seguida, durante a ceia de páscoa. Ah! Jesus gosta de festas, comidas e comunhão! Eu também!!! Ele revela que será traído, que isto é necessário, infelizmente. Quem irá traí-lo? Aposto naquela mulher. Ela não é nenhum pouco confiável. Todos sabem o que já aprontou na vida!!! Mas... Espere aí. Jesus achou sua atitude louvável, admirável e digna de tornar-se exemplo para todos, inclusive para os cristãos de outras gerações! Então, ele enxergou fundo na sua atitude, não tinha nada a ver com aparência ou superficialidade. Era a expressão mais íntima e profunda de sua gratidão por ter sido perdoada e a manifestação cabal de seu arrependimento. Digo arrependimento e não remorso. São coisas bem diferentes.

Contudo, quem traiu Jesus? O melhor partido dos discípulos. Nem sei se já era casado. Mas, se não era, com certeza as solteironas que seguiam Jesus o viam como o mais promissor candidato a melhor marido. Para aquelas que sonham que seu casamento será uma expressão da graça de Deus ao mundo, claro! Quem iria imaginar que o homem mais confiável dos discípulos trairia o mestre. Afinal, Judas era o responsável pela parte administrativa do ministério. Tinha sempre as colocações e pontos de vista mais sensatos. Não era nenhum pouco temperamental, do tipo agressivo, excessivamente carinhoso e tal. Pensava e ponderava antes de agir. Ele é o tipo que eu escolheria para o pai dos meus filhos, para ser o meu melhor amigo, meu pastor e até meu orientador! Mas, ainda bem, que dei ao Senhor o direito de fazer as minhas escolhas! Pois, assim como todos os homens julgo pela aparência de caráter. E, me acho sensata por agir assim, pois, isto “não é julgar pela aparência”.

Foi Judas que traiu Jesus! Foi Judas. E, nem teve forças para arrepender-se, foi dominado pelo remorso que o levou ao suicídio. Que fraco! Que tolo! Mas, quem sou eu para julgá-lo. Estava tão perto do Cristo e tão distante da salvação.

Que o Senhor me guarde das aparências.

De aparentar está perto dEle e tão distante ao ponto de me perder no curso da vida.

O que eu aprendi com Jesus nestas refeições? Que o importante mesmo, é aproveitar o momento para está com Ele. Para admirar a Ele, para encontrá-Lo, derramar o que eu tiver de mais precioso para chamar sua atenção, “para perfumá-lo”. Para ser agradecida, pois, eu, que sou a mais miserável das pecadoras. Fui perdoada. E, isto não é remorso. É gratidão!